sábado, 9 de maio de 2009

Bandeira azul atribuída a 30 novas praias


Este ano, 30 novas zonas balneares foram galardoadas com a bandeira azul, um acréscimo de cerca de 20% relativamente ao ano passado. Em termos percentuais, Portugal só fica atrás da Irlanda nesta matéria.
Das cerca de 430 praias oficialmente reconhecidas, 226 cumprem este ano os requisitos, cada vez mais apertados, da bandeira azul. Esta percentagem, no limiar dos 50%, só é ultrapassada pela Irlanda, segundo o presidente da Associação Bandeira Azul.
"Países como a Espanha, a Grécia ou a Itália têm percentagens muito inferiores", diz José Archer, reconhecendo que beneficiamos do facto de sermos banhados pelo Atlântico, com uma renovação de águas muito superior à do Mediterrâneo, "o que favorece a qualidade".
Vinte novas praias foram reconhecidas, 25 reentraram e 15 saíram. Verifica-se ainda um acréscimo de quatro novas praias fluviais, cujo número se eleva para 17, entre as 45 existentes. Foram ainda galardoadas 15 marinas, número sensivelmente idêntico ao do ano passado.
Três novos concelhos - Freixo de Espada à Cinta, no Norte, Abrantes e Guarda, na zona do Tejo - receberam este ano, pela primeira vez, uma bandeira azul (praias fluviais).
O Algarve continua a ser a zona com mais zonas balneares galardoadas, tendo recebido três novas bandeiras (Camilo, Faro-Ria e Fuzeta-Ria); recuperado quatro (Pêgo Fundo, Carvoeiro, Praia do Vau e Porto de Mós); e perdido uma (Praia de S. Rafael).
No Norte, Vila Praia de Âncora perdeu a bandeira, assim como Valadares Sul, Ofir e Suave Mar. Em contrapartida, a Foz, no Porto, e Funtão, Agudela e Senhora, na Boa Nova , em Matosinhos, ganharam o galardão. Reentraram a praia de Salgueiros, em Gaia, e a da Memória, também em Matosinhos.
A região do Tejo foi a que registou o maior número de novas praias (oito) e reentradas (nove).
A entrada de 30 novas zonas balneares deve-se, segundo José Archer ao trabalho da Associação Bandeira Azul, mas, sobretudo, ao trabalho dos municípios em matéria de infra-estruturas de saneamento e aos planos de ordenamento da orla costeira. "Há uns anos, não havia praias com bandeira azul junto dos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto", lembra.
A bandeira azul é atribuída desde 1987 às praias, costeiras e fluviais, e aos portos de recreio que cumpram critérios ambientais (qualidade da água e do areal), de segurança, conforto e sensibilização ambiental. Os municípios candidatam-se anualmente, procurando responder aos critérios (23 imperativos e quatro guia) que garantem a atribuição da bandeira.

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